Temperos em Casa um
luxo para todos!
Por Lucia Freitas
A regra é clara: menos sal, Brasil. E a grande solução para fazer isso são os temperos. Do alecrim ao tomilho, do manjericão à ciboulette, que oferece finalização chiquérrima, eles estão aí para ajudar – e melhorar a saúde também, porque não?
Mas fazer uma horta em casa passa por alguns detalhes. Quem dá a dica é a blogueira e jornalista Carol Costa, que só fala de jardinagem e plantas. “Primeiro, é preciso conhecer as plantas. Depois, é preciso garantir no mínimo 4 horas de sol para as folhas todos os dias”, diz a especialista. Segundo ela, “plantas não negociam”, é preciso atender bem às necessidades delas para que a sua plantação dê certo.
Carol explica que muita gente acha que não tem jeito para manter a horta porque a maioria dos temperos são plantas anuais. “Há dois tipos, as anuais e as perenes. Anuais duram, em média, seis meses”, explica. E você achando que não tinha jeito com as plantas, não é? Plantas como cebolinha, salsinha, tomate e manjericão (anuais) duram cerca de duas estações (seis meses), segundo Carol.
Uma dica bacana: conhecer a planta. “Tomilho, lavanda e orégano são originários do Mediterrâneo. São espécies que precisam de solo pobre, pouca água, muito sol”, conta. E se você olhar com atenção, vai entender as plantinhas. Há aquelas, como a alface, de folhas suculentas, que pedem mais água. E as de folhas pequeninas ou espetadas, como o alecrim, que não gostam tanto de água.
A plantação explicada
Isso explicado, se sua casa ou apartamento tem condições favoráveis para a horta, mãos à obra. Você pode comprar mudinhas ou sementes, como quiser. Lembre que as mudas, principalmente das ervas anuais, vão durar menos que a semente.
Escolha um vaso de 30 cm de profundidade com furos de drenagem no fundo e monte assim: metade com material de drenagem, cubra esse material com a manta apropriada e coloque a terra já preparada. Preparar a terra? Sim, é preciso misturar uma porção de terra com 2 de composto orgânico (apenas um tipo) na quantidade certa para encher o vaso.
Aí vem a parte difícil, segundo a Carol: a profundidade para colocar as sementes. A medida é a altura da semente do jeito que cairia no chão… Para fazer uma horta, em geral basta polvilhar terra por cima, pouquinho mesmo, para o broto ter força suficiente de nascer.
A dica de ouro? Cubra com plástico filme furado e espere germinar. Quando o brotinho verde aparecer, o seu berçário estará encaminhado.
Num vaso de 30 cm, como indicamos, dá para plantar quase tudo. Só não vale se aventurar com tomate em apartamentos – é uma trepadeira e exige mais sol. Mas até morango funciona (e eles são lindos!). Outra planta para isolar: hortelã. A culpa é das raízes, que sufocam tudo o que estiver por perto. E organizar o vaso de acordo com o gosto por água da planta, assim facilita o trabalho da rega.
Horta é feita para comer
Segundo Carol Costa, outro grande erro de quem tem hortaliças em casa é ter “dó de comer, porque está bonito”. “Oras, é feito para comer, então aproveite: quando está bonito é hora de colher”, diz. As sugestões?
Alecrim: é conhecido por fazer bem ao sistema circulatório e cardíaco. Na fitoterapia é usado para combater males dos rins, fígado e intestinos (inclusive gases). Tempero para carnes, risoto (substitui o sal), saladas, molhos…
Arruda: a plantinha é muito útil para afastar o gato do vizinho de seus canteiros.
Broto de alfafa: rica em vitaminas e sais minerais, a alfafa é revigorante. Cai bem em saladas ou como acompanhamento.
Cebolinha: da mesma família do alho e da cebola, tem propriedades bactericidas, além de ser rica em vitaminas C e A. Seu odor libera sucos digestivos (o que facilita a digestão). Use no fim dos preparos, como tempero.
Coentro: seus flavonoides são antioxidantes, além de também ser bactericida e fungicida.
Hortelã: ou menta tem duas variedades: hortelã pimenta e japonesa. Ambas são ricas em magnésio, cobre e vitamina C. Para quem não sabe, é um ótimo calmante natural, tempero refrescante e também ajuda a aliviar problemas respiratórios.
Manjericão: além do perfume, ele empresta à comida suas propriedades antioxidantes. Além de melhorar a digestão, diminui a formação de gases e alivia cólicas.
Orégano: Antioxidantes, cálcio e propriedades fungicidas fazem parte dos seus benefícios. Estimula o sistema imunológico e ajuda a digestão.
Tomilho: essa erva mediterrânea, além de digestiva, aromatiza carnes, molhos e saladas e ainda ajuda a fortalecer o sistema imune.